Você, o senhor
ou a senhora que acabou de ler o título
acima, está tentando entender o que isso significa ou o que estou querendo
dizer...
Para inicio de
conversa, sou professor de Educação Física, pós-graduando em Metodologias e Gestão
em Educação a Distância e atualmente trabalho na Educação Básica (Ensino
Fundamental I – do 1º ao 5º ano), depois extensa apresentação vamos ao que
realmente interessa.
Sabemos que no
Ensino
Básico, isto é, quando comparado ao ensino público, a Educação Física é
uma disciplina e/ou matéria que as
aulas na maioria das vezes ocorrem fora da sala de aula (quadra, pátios,
corredores, estacionamentos das escolas...) devido à maioria das aulas ocorrem
fora de seu ambiente tradicional (sala de
aula, com mesas e cadeiras, lousa, e os alunos dispostos ou sentados uns atrás
dos outros, ou seja, tudo na divida ordem, todos sentadinhos e bonitinhos enfim...),
onde os alunos estão todos espalhados, cada um corre para um lado, sem falar dos
barulhos que os alunos fazem durante as aulas, eu acho que é melhor você para
um pouquinho de ler e pensar das aulas de Educação Física em que você
participou, assistindo ou praticando alguma atividade.
Agora que você
acabou de lembrar-se do ambiente das aulas de educação física, veja que a
Educação Física utiliza como conteúdos
estruturantes para ensino-aprendizagem: os
esportes, jogos e brincadeiras, danças, ginásticas e lutas. Poucos sabem
que é através desses conteúdos que
alunos estudam as práticas corporais
locais e de diversas culturas, tendo com o objetivo de aprofundar
(conhecimentos dos alunos sobre atividade realizada), ampliar (conhecer,
vivenciar diferentes práticas sobre a atividade realizadas) e ressignificar (atribuir
novos sentidos as atividades realizadas), mas para isso tudo ser feito,
devemos começar mapeando a cultura
corporal dos alunos, e isso deve estar de acordo com o projeto político pedagógico da instituição.
Para muitos ou
para maioria que não possuem essas informações, e se deparam com aulas de
educação física com o “rola bola” (termo dado para as aulas que só tem futebol,
rachão ou pelada, na verdade são aulas sem objetivos), talvez seja por isso que
ela é considerada uma disciplina paralela ou de segunda linha e sem importância
na Educação Básica, que não tem conteúdo próprio, e é preciso usar conteúdos da
matemática e de outras disciplinas. Só para lembrar a Educação Física pertence
a “área de códigos e linguagens” e
não “área de exatas”!!!
Comparo a Educação a Distância (EaD) com a Educação Física da Educação Presencial,
porque a Educação Física e a EaD se utilizam de instrumentos, equipamentos e
meios, que para muitos é considerado passatempo,
para o momento do ócio e do lazer.
Na Educação Física, utiliza-se os esportes,
os jogos, as brincadeiras, as danças, as ginásticas e as lutas. Já a Educação a
Distância, utiliza-se das tecnologias por meio de diferentes sistemas (internet,
televisores, DVDs, entre outros) e softwares (ambientes virtuais de
aprendizagens), onde os professores e alunos estão separados fisicamente em espaços
e tempos diferentes, o apoio e o suporte acadêmico são realizados por meio
de tutoria eletrônica, e a interação de todos os envolvidos no processo (professores,
tutores, alunos) ocorrem nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, Fóruns, Redes
Sociais (Orkut, Facebook, LinkedIn), comunicadores instantâneos (Messenger e Google
Talk).
Culturalmente
tanto a Educação Física e a Educação a Distância são tratados com inferioridade,
porque a uma se utilizam de jogos e esportes e a outra de computadores,
internet e redes sociais, ou seja, coisas, costumes ou hábitos (não sei definir),
que estão presentes no dia a dia e no cotidiano da população.
Acredito que a
Educação a Distância é a Educação Física do Ensino Tradicional (Presencial)
devido ela sair dos moldes culturalmente conhecido, pouco aceitável e
reconhecidos. Pois a Educação Física na Educação Básica ela é diferente de
todas as disciplinas, e por incrível que pareça ela exige novas habilidades e competências,
como a Educação a Distância (EaD).
A Educação a
Distância no Brasil teve o reconhecimento legal como modalidade de ensino em
1996, na Lei nº 9394/96 (LDB - Lei Diretrizes e Bases da Educação), portanto o que falta são
as pessoas conhecerem um pouquinho mais da EaD, que ela não é melhor e nem pior
que a presencial, mas cada uma tem suas
vantagens e desvantagens.
Referências Bibliográficas
BENEDETTI, Cláudia;
MORAN, José Manuel. Fundamentos, políticas e legislação em EAD. Departamento de
Extensão e Pós-Graduação. Anhanguera Educacional, 2012.
NEIRA, M. G. e Nunes, M.L.F. Educação
Física, Currículo e Cultura. Phorte: São Paulo, 2009.
Neira,
M. G; Lima, M. E; Nunes, M.L.F (orgs). Educação Física e culturas: Ensaios
sobre a prática. São
Paulo: FEUSP, 2012 – versão
completa em www.gpef.fe.usp.br
Revista Nova Escola. 4 etapas para
trabalhar danças na Educação Física. Disponivel
em : <http://revistaescola.abril.com.br/educacao-fisica/pratica-pedagogica/quatro-etapas-trabalhar-dancas-educacao-fisica-608046.shtml?page=0>.
Acesso em 26/08/2012.
ROESLER, Jucimara. Referenciais de
Qualidade na Educação Superior a Distância. Departamento de Extensão e
Pós-Graduação. Valinhos, SP: Anhanguera Educacional, 2011.
Disponível em: <www.anhanguera.com>. Acesso em: 1 fev. 2012.
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